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"Era Bittar" teve três escândalos
free-lance para a Folha Campinas
Os desentendimentos entre o ex-prefeito Jacó Bittar (PSB) e seu então vice prefeito, Antonio da Costa
Santos (PT), fizeram com que o período em que o primeiro esteve no
comando da prefeitura, entre 89 e
92, terminasse com o saldo de três
escândalos.
Na época, pelo menos US$ 120
milhões foram gastos em obras
que não foram realizadas ou estão
sob suspeita de irregularidades.
Todas são alvo de ações populares feitas por Costa Santos e que estão tramitando em fase final.
Em 90 o ex-vice prefeito denunciou a concorrência dirigida e o superfaturamento na construção do
VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos).
O governo do Estado gastaria para
construir 12,8 quilômetros de trilhos, segundo o contrato, US$ 100
milhões.
Foram gastos US$ 125 milhões
para construir 8,3 km do projeto,
que foi abandonado em 95 pelo
prefeito Magalhães Teixeira
(PSDB), morto em 29 de fevereiro
de 96.
As denúncias e o fato de Santos
ter criticado Bittar publicamente
terminaram com o rompimento
entre os dois e, depois, com a saída
de Bittar do PT.
A ação, contra o ex-governador
Orestes Quércia (PMDB) e a Ferroban (Ferrovias Bandeirantes), consórcio que adquiriu a Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.) está parada
porque a privatização fez com que
o processo mudasse de réu.
Já no PDT, Bittar foi alvo de sua
primeira ação popular. Santos acusa o ex-prefeito de investir US$ 69
milhões nas obras de captação e
tratamento de esgoto da bacia do
ribeirão Anhumas, mas só 15% da
obra foi realizada com o dinheiro.
Devolução
O ex-vice-prefeito processa ainda Bittar por ter contratado a empresa Santo André Terraplenagem
para fazer o aterro sanitário Delta 1
sem licitação.
O processo já foi julgado no Tribunal de Justiça, em São Paulo, e
Bittar foi condenado a devolver
cerca de R$ 3 milhões aos cofres
públicos.
Bittar nega todas as irregularidades apontadas e afirma que os contratos foram amparados na legislação. Ele e Costa Santos se enfrentaram na última eleição para prefeito, em 96.
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