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4.000 ameaçam nova greve na Saúde
da Folha Campinas
Os cerca de 4.000 funcionários do
Hospital Mário Gatti e da rede municipal de Saúde podem entrar em
greve a partir da próxima quarta-feira devido ao não-pagamento
dos benefícios de insalubridade,
penosidade e periculosidade, que
deveria ter sido efetuado anteontem.
A Prefeitura de Campinas pagou
anteontem as horas extras e o desconto de convênio médico, que
não foi efetuado no último dia 30,
mas deixou de pagar os abonos.
Os servidores recebem em média
R$ 45 de abonos, segundo o sindicato dos servidores.
Na semana passada, pelo menos
60% dos 15 mil servidores paralisaram suas atividades por três dias
por causa de um decreto publicado
no dia 27 passado, que extinguia os
benefícios.
Entretanto, uma liminar suspendeu os efeitos do decreto e obrigou
o pagamento dos benefícios aos
servidores. "Vamos entrar em greve porque a prefeitura não cumpriu a determinação judicial e não
pagou os benefícios", disse a diretora do sindicato dos servidores
Sandra Lia Biason.
Os servidores devem se reunir
em assembléia entre amanhã e terça-feira para decidir sobre a paralisação, que pode ocorrer a partir de
quarta-feira.
De acordo com o secretário das
Finanças, Álvaro César Iglesias,
mesmo com a liminar que suspende o decreto, a prefeitura não é
obrigada a pagar os benefícios requisitados pelos servidores da Saúde.
Para o secretário-chefe do Gabinete, Mário Orlando Galvês Carvalho, a União já extinguiu os benefícios e a decisão do juiz foi errada.
"O juiz errou nesta sentença, que
deve ser derrubada assim que a
prefeitura prestar as informações
necessárias no processo", disse
Carvalho.
Amanhã o sindicato dos servidores de Campinas deve alertar a Justiça sobre a desobediência da prefeitura quanto ao não-pagamento
dos benefícios.
"A prefeitura desobedeceu uma
ordem judicial e nós vamos denunciá-la à Justiça na segunda-feira (amanhã)", disse o coordenador-geral do sindicato Fábio Custódio.
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