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HISTÓRIAS
S.O.S Vale
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Redação, em São Paulo
A crise que o Vale enfrenta no
âmbito esportivo é um exemplo
de que desenvolvimento econômico e vitórias nas quadras,
campos, piscinas e pistas nem
sempre caminham juntos.
O Vale do Paraíba, como demonstrou a última pesquisa sobre as condições de vida do
Seade, é uma das regiões mais
prósperas do país, apesar de alguns problemas crônicos, entre
eles o desemprego.
No entanto, hoje o Vale está
praticamente fora do mapa do
esporte no Brasil, como demonstrou reportagem publicada por esta Folha na última
quinta. A região não possui
equipes na primeira divisão de
campeonatos de ponta, como o
Paulistão, o Brasileirão, as Superligas e o Nacional de Basquete. As causas da crise são
indefinidas, mas podem ser
buscadas na pouca vocação
que o Vale tem para a prestação de serviços, o entretenimento, o espetáculo.
Em 89, acompanhei no Morumbi a apertada vitória de 1 a
0 do São Paulo sobre um destemido São José no primeiro jogo
das finais do Paulista daquele
ano. Quem já teve tanta raça
não pode deixar o esporte morrer assim.
Em menos de 45 minutos de
jogo na terça a Matonense deixou a condição de mero coadjuvante para a figurar na lista
das principais atrações da festa são-paulina que marcou a
inauguração da nova iluminação do Morumbi. Os dois
gols marcados por Juari deixaram pasmos os torcedores
-nada menos que cerca de 40
mil pessoas- jogadores e dirigentes do poderoso São Paulo.
O time de Matão terminou o
primeiro tempo vencendo por 2
a 0. Mas, no segundo, a equipe
do interior sucumbiu, abalada
pela contusão de Carlinhos.
Apesar da derrota por 3 a 2, a
Matonense saiu de cabeça erguida e se consolidou como forte candidata para o "título" de
melhor do interior.
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