Campinas, Terça, 10 de novembro de 1998 |
Próximo Texto | Índice POLÍCIA Operação das Polícias Federal, Civil e Militar, além da Guarda Municipal, dura 4 h em favela de Campinas Blitz reúne 420 policiais e prende 10
free-lance para a Folha A polícia de Campinas mobilizou ontem 420 homens para realizar uma megablitz de quatro horas na favela do Jardim São Marcos (região norte). O objetivo da operação era apreender drogas e armas, além de prender suspeitos ou pessoas foragidas da Justiça. A operação, a segunda realizada este ano na cidade, foi feita em conjunto pelas Polícias Federal, Civil e Militar, além da Guarda Municipal. De acordo com a PM, moradores da favela do Jardim São Marcos são responsáveis por vários crimes que ocorrem na região, onde ficam bairros nobres como a Cidade Universitária, no distrito de Barão Geraldo. Apesar do esquema preparado, somente dez pessoas foram presas e duas armas apreendidas, sendo uma pistola de brinquedo e um revólver de calibre 38. Algumas das pessoas detidas foram pegas com maconha em pequena quantidade (não especificada), mas que caracterizou tráfico. A PM levou 200 homens, 40 veículos, e teve o apoio do helicóptero Águia 5, que também alertou a população, por meio de megafones, sobre o que estava acontecendo na área. A Guarda Municipal e a Polícia Civil deslocaram para o local cem homens cada uma. Já a Polícia Federal levou 20 agentes. Além dos veículos da PM, foram utilizados mais 60 carros das outras corporações. A mobilização para a blitz começou às 5h, com o encontro das corporações no 8º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Campinas. Os trabalhos da polícia terminaram às 9h. De acordo com o comandante do 8º BPM de Campinas, o coronel Antonio Fernando Galasso, eles tinham um mandado de busca para que 800 barracos fossem revistados. Mesmo com autorização para vasculhar quase toda a favela, onde existem cerca de mil barracos no local, somente 200 moradias foram revistadas. De acordo com informações da Polícia Civil e da Guarda Municipal, a operação se concentrou somente nos pontos mais críticos do Jardim São Marcos. O secretário dos Assuntos da Segurança Pública de Campinas, Ruyrillo Pedro de Magalhães, informou que os policiais tinham um detalhamento da área graças a ações anteriores à blitz. "Há vários dias já vínhamos mantendo pessoal à paisana trabalhando na observação dos pontos, onde a incidência de crimes é maior", disse Magalhães. A primeira operação do tipo foi realizada na Vila Brandina (região leste). A megablitz vinha sendo planejada pelas autoridades havia aproximadamente 15 dias. Galasso informou que até o final do ano outras blitze devem ser programadas em locais ainda não definidos. "As ações acontecerão sempre em lugares considerados redutos de criminalidade", disse. Próximo Texto | Índice |
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