Campinas, Terça, 10 de novembro de 1998

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CASO BOTULISMO
Segundo seu dono, Palmetto quer saber "o que ocorreu"
Empresa quer ver contraprova em vidros de palmito fechados

da Reportagem Local

A empresa importadora do palmito que estaria contaminado pela toxina do botulismo informou ontem que aguarda o resultado de uma contraprova realizada pelo Instituto Adolfo Lutz.
A pedido da empresa, também o Ital (Instituto Tecnológico de Alimentos) de Campinas estaria realizando testes em outros vidros do mesmo lote. "Não estamos questionando os exames do Adolfo Lutz, mas precisamos saber o que aconteceu para podermos dar segurança a nossos clientes", afirmou Valter Rodrigues Martinez, proprietário da Palmetto.
Segundo Martinez, o teste que confirmou a presença da toxina foi feito com o vidro já aberto. "Estamos testando o produto nas embalagens não violadas, pois o botulismo só ocorre no vácuo, quando não há ar. Até agora, nada de anormal foi encontrado naquele lote."
Os palmitos são importados da empresa Conservas San Carlo, da Bolívia, já com o rótulo para o mercado brasileiro. "Aqui nós fazemos um teste do pH por amostragem, isto é, analisamos o nível de acidez em 30 vidros por lote de 7.500 unidades." Segundo Martinez, os níveis do pH são mantidos sempre abaixo do permitido por lei -até 4,3-, o que praticamente impediria a existência da toxina.
A empresa solicitou aos supermercados que suspendam a venda das unidades de qualquer lote da marca Palmetto, até o problema ser explicado. Segundo Martinez, o advogado da Palmetto esteve ontem no hospital Alvorada oferecendo apoio e ajuda financeira à família. "Trata-se de uma cliente da nossa marca e nossa primeira preocupação é com sua saúde", afirmou.



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