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CASO BOTULISMO
Segundo seu dono, Palmetto quer saber "o que ocorreu"
Empresa quer ver contraprova em vidros de palmito fechados
da Reportagem Local
A empresa importadora do palmito que estaria contaminado pela
toxina do botulismo informou ontem que aguarda o resultado de
uma contraprova realizada pelo
Instituto Adolfo Lutz.
A pedido da empresa, também o
Ital (Instituto Tecnológico de Alimentos) de Campinas estaria realizando testes em outros vidros do
mesmo lote. "Não estamos questionando os exames do Adolfo
Lutz, mas precisamos saber o que
aconteceu para podermos dar segurança a nossos clientes", afirmou Valter Rodrigues Martinez,
proprietário da Palmetto.
Segundo Martinez, o teste que
confirmou a presença da toxina foi
feito com o vidro já aberto. "Estamos testando o produto nas embalagens não violadas, pois o botulismo só ocorre no vácuo, quando
não há ar. Até agora, nada de anormal foi encontrado naquele lote."
Os palmitos são importados da
empresa Conservas San Carlo, da
Bolívia, já com o rótulo para o
mercado brasileiro. "Aqui nós fazemos um teste do pH por amostragem, isto é, analisamos o nível
de acidez em 30 vidros por lote de
7.500 unidades." Segundo Martinez, os níveis do pH são mantidos
sempre abaixo do permitido por
lei -até 4,3-, o que praticamente
impediria a existência da toxina.
A empresa solicitou aos supermercados que suspendam a venda
das unidades de qualquer lote da
marca Palmetto, até o problema
ser explicado. Segundo Martinez,
o advogado da Palmetto esteve ontem no hospital Alvorada oferecendo apoio e ajuda financeira à
família. "Trata-se de uma cliente
da nossa marca e nossa primeira
preocupação é com sua saúde",
afirmou.
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