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Juiz decreta prisão preventiva de sócio da Botica Ao Veado D'Ouro
CARLA CONTE
da Reportagem Local
O juiz Sidney Celso de Oliveira
decretou ontem a prisão preventiva de Daniel Derkatscheff Vera,
sócio da Botica Ao Veado D'Ouro.
Ele é acusado de envolvimento na
falsificação do remédio Androcur.
A empresa fabricou cerca de 1
milhão de placebos que depois foram colocados no mercado como
Androcur. O remédio inócuo pode
ter acelerado a morte de pelo menos dez pacientes que faziam tratamento de câncer de próstata.
O juiz também decretou a prisão
preventiva de Ricardo Camargo
Garcia, ex-sócio da Botica e genro
de Derkatscheff, de Jorge Kury,
dono da gráfica Jocean, e Paulo
Roberto Fanchini, acusado de fornecer notas fiscais para legalizar a
venda do remédio falso. Paola Zanelato, advogada de Garcia, diz
que a preventiva é exagerada. A
Folha não conseguiu localizar ontem o advogado de Derkatscheff.
A advogada Teresa Gonçalves
afirmou que vai entrar hoje com
pedido de habeas corpus para soltar Kury, acusado de ter fabricado
embalagens para o Androcur.
Paulo Roberto Fanchini já está
preso, e a reportagem da Folha
não conseguiu localizar seu advogado para comentar a decisão.
Até o momento foram abertos
processos contra 19 pessoas que
estariam envolvidas na falsificação. Quatro já tiveram a prisão
preventiva decretada e estão no 1º
DP de Santo André.
Também foi aberto processo criminal contra o outro sócio de Derkatscheff, Edgar Helbig. O promotor José Cláudio de Melo Costa havia feito aditamento da denúncia,
no qual afirmou que o sócio agiu
de modo negligente no caso. "A
culpa de Helbig foi ter confiado no
sócio", afirmou o advogado Karlheinz Neumann. No mês passado,
Helbig conseguiu liminar na Justiça para excluir Derkatscheff da sociedade. O advogado de Derkatscheff está recorrendo da decisão.
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