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EDUCAÇÃO
Alunos são considerados inadimplentes por questionar aumento de mensalidade na Justiça; outras 247 ações são analisadas
Liminar garante matrícula a 53 na PUC
free-lance para Folha Campinas
Um grupo de 53 alunos da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica) obteve ontem liminares na Justiça garantindo o direito
à matrícula para este ano letivo.
Os estudantes estavam impedidos de fazer suas inscrições porque estão depositando as mensalidades em juízo e por isso eram
considerados inadimplentes pela
universidade.
Até o final da tarde de ontem, a
universidade não havia sido notificada da decisão, segundo a assessoria de imprensa.
A universidade informou que
vai tentar a cassação das liminares.
A PUC-Campinas não informou o número de alunos que ela
considera inadimplentes.
A universidade tem 18 mil alunos na graduação e cerca de 1.100
na pós-graduação.
Os alunos questionam na Justiça um aumento nas mensalidades
de 18% ocorrido em abril do ano
passado por meio de ação movida
pelo DCE (Diretório Central dos
Estudantes).
Ao todo, 300 alunos estão depositando o valor das mensalidades
sem o reajuste na Justiça desde
abril, segundo o DCE.
O coordenador do DCE, Mário
Tácito, disse que a PUC achou
uma forma de pressionar os alunos para que não houvesse questionamento dos valores das mensalidades.
Até as 16h de ontem, somente
três conseguiram efetuar as matrículas.
"As liminares estão saindo uma
a uma" afirmou o coordenador
do DCE.
A estudante do 3º ano de psicologia, Patrícia Martins, 21, disse
que está depositando na Justiça o
valor da mensalidade porque
acha que a qualidade do curso
não é condizente com o preço.
Ela conseguiu liminar na Justiça
para fazer a matrícula.
Há cinco anos, a mensalidade
do curso de psicologia custava R$
400. Hoje está em R$ 850. Patrícia
paga R$ 620 em juízo.
Outro lado
A assessoria de imprensa da
PUC-Campinas disse que até o final do expediente, às 17h, a universidade não tinha sido oficiada
pela Justiça das liminares obtidas
pelos alunos.
A assessoria de imprensa também informou que a universidade
só não fazia as matrículas desses
alunos porque eles não negociaram suas dívidas.
Segundo a assessoria, os alunos
que não puderam fazer as matrículas foram avisados por carta e
não têm como alegar que não tinham conhecimento das dívidas.
Ainda segundo a assessoria, o
departamento jurídico da universidade vai analisar a possibilidade
de cassação das liminares.
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