|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Falta programa específico
DA FOLHA CAMPINAS
A Secretaria Municipal da Assistência Social não mantém um
programa específico para dependentes de substâncias psicoativas,
afirma a assessora da pasta e conselheira dos direitos da criança e
do adolescente, Antônia Miranda.
De acordo com Antônia, os casos são encaminhados ao
CMDCA (Conselho Municipal de
Direitos da Criança e do Adolescente) e para o Conselho Tutelar.
O CMDCA é responsável pela
elaboração de políticas públicas
destinadas ao cuidado da criança
e do adolescente.
Antônia disse que o conselho já
levantou a questão sobre o consumo de drogas entre adolescentes
para encaminhar à secretaria.
"Assumimos só há dez dias.
Com certeza, a secretaria terá
ações direcionadas ao adolescente envolvido com substâncias psicoativas", disse Antônia.
Segundo a assessora, o Conselho de Direitos tem cadastrados
quatro instituições responsáveis
pelo atendimento de crianças e
adolescentes -três são voltadas
para a recuperação de dependentes químicos.
No ano passado, a prefeitura
destinou R$ 45,3 mil para três entidades, cuja finalidade é tratar
dependentes.
Do total investido, R$ 12 mil foram destinados à Associação Promocional Oração e Trabalho, que
atende cerca de 40 adolescentes,
entre 12 e 18 anos, R$ 12 mil para o
Centro Assistencial Cristo Te
Ama, com o mesmo perfil, e, R$
21 mil para o Instituto Souza Novaes, que tem 70 vagas.
A Folha não conseguiu localizar
a presidência do Conselho Tutelar para falar sobre o consumo de
drogas entre adolescentes.
Recuperação
"A recuperação de adolescentes
é muito mais difícil. O fato de serem adolescentes já complica",
disse a diretora do Instituto Souza
Novaes, Jane Haes.
Para ela, faltam políticas públicas contínuas de prevenção.
Segundo Jane, apesar de receber
ajuda financeira da prefeitura, o
Instituto recorre à ajuda de terceiros para manter as 40 pessoas internadas atualmente.
"Os internos também trabalham e ajudam para manter o Instituto", disse Jane.
Segundo ela, o trabalho faz parte do processo de recuperação,
uma vez que impõe responsabilidade aos dependentes químicos.
"Se eles não conseguem trabalho remunerado, trabalham como voluntários", afirmou.
O Souza Novaes mantém duas
casas, uma para mulheres e outra
para homens.
De acordo com Jane, do total de
pacientes, 53% (21) têm entre 18 e
30 anos, 25% (10) está entre 13 e 18
anos e 18% (9) têm entre 30 e 60
anos.
A Folha não conseguiu localizar
a diretoria do Centro Assistencial
Cristo Te Ama para falar sobre a
recuperação de dependentes químicos.
Texto Anterior: Comportamento: Jovens usam mais drogas em Campinas Próximo Texto: Adolescentes devem iniciar tratamento Índice
|