DA FOLHA CAMPINAS

Os jovens do sexo feminino usam mais de um tipo de droga. A constatação é da responsável pelo grupo de adolescentes dependentes do Criad (Centro de Referência e Informação em Alcoolismo e Drogadição) de Campinas, a terapeuta ocupacional Rogéria Misorelli.
"Apesar de recebermos um número menor de pacientes do sexo feminino, o tratamento é mais difícil, porque, em geral, elas consomem mais de um tipo de drogas", disse.
O Criad é um centro de recuperação de dependentes químicos mantido pela Secretaria Municipal da Educação. A prefeitura não informou qual a verba destinada para tratar os adolescentes.
"Em geral, quando os adolescentes procuram o centro, é porque descobriram, sozinhos, que precisam de tratamento".
Segundo Rogéria, cerca de 20 pacientes em média procuram o centro em busca de tratamento ambulatorial. Desse total, apenas dois dependentes químicos continuam participando das atividades do centro, segundo Rogéria.
"É difícil receber jovens aqui. Normalmente eles são encaminhados direto para a internação", afirmou.
O Criad tem oito pacientes fixos. Eles participam de grupos de motivação, de habilidades e de prevenção, três vezes por semana. Cada sessão tem duração de 4 horas.
"Mas há adolescentes que, para se livrarem do meio das drogas, ficam aqui (no Criad) o dia todo", disse Rogéria.



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