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Tráfico não influencia consumo, diz PM
DA FOLHA CAMPINAS
O chefe-interino do Estado
Maior do CPI-2 (Comando do
Policiamento do Interior), tenente-coronel Antônio Domingos
Peterossi, avaliou que o uso de
psicoativos entre adolescentes
não está relacionado ao fato de
Campinas ser considerada um
entreposto de drogas.
"O problema levantado pela
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) do Narcotráfico é um
caso à parte. Estamos preocupados com a droga a varejo, distribuída nas escolas, nos viadutos e
nas ruas", disse Peterossi.
Para o comandante, entre os fatores que colocam os jovens em
contato com entorpecentes estão
a curiosidade, a pressão do grupo
que eles frequentam e a falta de
auxílio da família.
Peterossi disse acreditar que o
problema das drogas em Campinas, grosso modo, está no mesmo
patamar de outras grandes cidades como Ribeirão Preto, Santos,
e São José do Rio Preto.
O consumo de drogas é considerado uma das principais preocupações da PM. "A maioria dos
adolescentes que foram flagrados
praticando algum tipo de delito
havia consumido droga. A droga
motiva o crime", afirmou.
A Febem (Fundação Estadual
do Bem Estar do Menor) informou, por meio de sua assessoria,
que 90% dos 4.000 internos da
instituição no Estado já tiveram
contato com algum tipo de droga.
Peterossi disse que a PM não
tem estatísticas sobre a relação
entre os adolescentes e os entorpecentes.
O adolescente infrator até os 13
anos é encaminhado ao Conselho
Tutelar. Acima desta idade, são levados para a Delegacia da Infância e do Adolescente.
Prevenção
Para afastar os adolescentes da
droga, a PM realiza um programa
de prevenção em todo o Estado de
São Paulo, conhecido como
Proerd (Programa Educacional
de Resistência às Drogas e à Violência). O programa é destinado
às crianças entre 8 e 13 anos.
Segundo a polícia, o curso tem
duração de seis meses e é ministrado por policiais treinados em
escolas da rede pública.
"No ano passado entregamos
certificado para 1.200 crianças de
Campinas", disse o comandante.
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