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SEGURANÇA
CDP, orçado em R$ 6 mi, tem capacidade para 768 presos; transferências começam na próxima segunda-feira
Covas inaugura hoje cadeia em Campinas
ANA PAULA MARGARIDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Os 662 presos de cadeias de três
DPs (Distritos Policiais) de Campinas começam a ser transferidos
a partir da próxima segunda-feira
para o CDP (Centro de Detenção
Provisória), previsto para ser
inaugurado hoje, às 10h, pelo governador Mário Covas (PSDB).
Segundo o secretário do Estado
da Administração Penitenciária,
Nagashi Furukawa, a transferência será feita aos poucos para evitar fugas. Serão transferidos, em
média, 25 detentos por dia.
Segundo Furukawa, a idéia é
manter em funcionamento apenas as oito celas do 2º DP, para receber presos em caráter provisório, com esquema de rodízio, e desativar as cadeias do 4º e do 5º
DPs de Campinas.
"As cadeias de delegacias estão
superlotadas", disse Furukawa.
Anteontem, a cadeia do 2º DP
enfrentou a 10ª tentativa de fuga
desde 18 de abril, quando cinco
detentos fugiram.
No 4º DP, três presos ficaram feridos após um princípio de rebelião, também anteontem.
Para os delegados, as tentativas
de fuga teriam sido motivadas pela notícia de transferência de presos para o CDP, de onde seria
mais difícil fugir.
O CDP foi construído em menos de um ano e tem capacidade
para 768 detentos com a mesma
estrutura de penitenciárias de segurança máxima, segundo a secretaria.
Furukawa disse que o CDP não
é uma prisão antifuga.
A cadeia, orçada em R$ 6 milhões, vai contar com circuitos internos de TV. Foram construídos
oito pavilhões independentes, como se fossem cadeias separadas,
para evitar fugas. O CDP fica ao
lado do Complexo Penitenciário
Campinas-Hortolândia.
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