Campinas, Sexta-feira, 16 de Junho de 2000


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CONCURSO PÚBLICO
Exigência de 180 horas elimina chance
Metade dos candidatos não tem cursos de especialização

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Pelo menos metade dos 1.400 professores, que receberam senhas nos últimos quatro dias para fazer a prova de títulos do concurso público da Prefeitura de Campinas, tiveram que voltar para casa com o diploma na mão.
Eles foram orientados a não entrar na fila se não tivessem no currículo pelo menos 180 horas de cursos de especialização.
Para o professor de educação física e fisioterapeuta Renato Basílio Monesso, as exigências da prefeitura são excessivas.
Embora tenha dois livros publicados, ele não conseguiu realizar a prova. "A prova foi altamente especializada", disse Monesso.
A professora de educação artística Maria do Carmo Mendes Ribeiro teve seu certificado de 135 horas, em especialização de teatro, rejeitado pela banca.
"Eles disseram que curso de teatro não valia para professor de educação artística", afirmou.
Ela chegou a entrar na fila, mas disse ter ficado decepcionada.
Segundo Maria do Carmo, todos os seus diplomas e certificados não contaram pontos.
Segundo a analista de RH (Recursos Humanos) da prefeitura, a soma de 180 horas de especialização eram exigidas pelo edital.
O concurso público da prefeitura foi realizado no último dia 21. De acordo com a assessoria, 38 mil pessoas fizeram inscrição para concorrer a uma vaga nos 101 cargos oferecidos.
A assessoria não soube informar quantos dos inscritos concorriam às vagas de professor.
O resultado do concurso deve sair no próximo dia 22. A homologação deve ocorrer até o dia 30 deste mês.


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