Campinas, Sexta, 18 de dezembro de 1998

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PESQUISA
Índice de crescimento anual da região de Campinas é de 2,37%, enquanto que a taxa nacional é de 1,38%
Campinas cresce além da taxa nacional

MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas

A taxa de crescimento populacional da região administrativa de Campinas é maior do que o índice do Brasil, do Sudeste do país e também do Estado de São Paulo.
Enquanto na região de Campinas a taxa anual é de 2,37%, no Brasil o índice é de 1,38%. Na região Sudeste o percentual de crescimento é de 1,35% e no Estado, de 1,58%.
Já a taxa de crescimento do município de Campinas é de 1,43%, e só perde para a taxa estadual.
"Campinas é um centro de atração em razão das indústrias e do comércio. A cidade atrai tanto a mão-de-obra qualificada quanto não-qualificada", disse o secretário de Planejamento, Walter Kuffel Júnior.
O levantamento faz parte do Sumário de Dados da População de Campinas e Região, elaborado pela Secretaria Municipal do Planejamento com apoio do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil).
O sumário tem por base dados coletados pelo IBGE em 96 projetados para a realidade atual.
Segundo a coordenadora-geral do sumário e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Rosana Baeninger, a taxa de crescimento da população de Campinas deve chegar a 1% na virada do século.
"Apesar de ainda ser considerado alto em comparação com a taxa nacional, o índice vem decaindo nos últimos anos devido à queda na taxas de natalidade", disse a coordenadora.

Crescimento
A taxa de crescimento populacional no município de Campinas caiu 74,1% da década de 60 até 1996, enquanto no Brasil a queda foi de 50% no mesmo período.
Mesmo com a queda mais acentuada, a taxa da cidade e região continuam altas.
Na década de 50, a taxa de crescimento populacional da região era de 4,59% e já estava maior do que a do Brasil (3,17%), do que a da região Sudeste (3,26%) e do Estado (3,57%). Nesse período, a taxa apenas no município de Campinas era de 3,70%.
Nas décadas de 60, a taxa no Brasil era de 2,76%, na região de Campinas de 4,74%, e no município, de 5,54%. A taxa da região de Campinas continuou crescendo na década de 70, saltando para 6,21%, e diminuindo no país para 2,48%. No município, a taxa também cresceu (5,86%).

Regiões
O levantamento aponta que as regiões da cidade que mais crescem proporcionalmente são a noroeste e a sudoeste.
A taxa de crescimento na região sudoeste na década de 70 era de 18%, enquanto na região sul, por exemplo, era de 4%.
De 1991 a 1996, a taxa se mantém maior proporcionalmente nas regiões sudoeste e noroeste, com média de 4%, contra 0,70% nas regiões leste e sul.



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