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EDUCAÇÃO
A secretária Corinta Galdini (Educação) afirmou que vai manter parte dos substitutos em cargos de especialista
Remanejamento de professores é revisto
DA FOLHA CAMPINAS
A secretária municipal da Educação, Corinta Galdini, disse ontem que vai preencher alguns cargos destinados a professores especialistas da rede municipal de
ensino com professores sem a titulação necessária para isso.
Pelo estatuto, só os professores
especialistas deveriam ocupar
cargos de supervisão, direção, vice-direção, coordenação e orientação pedagógica. Como não foram realizados concursos, professores não-especialistas passaram
a ocupar as vagas.
Há dois dias, a secretária anunciou o fim das substituições com o
remanejamento de 1.280 profissionais não-especialistas, que estavam nessa situação.
Com a medida, 416 professores
que haviam sido promovidos para cumprirem a função de especialista teriam de voltar a dar aulas. "Alguns professores, que estão na lista de aprovados no último concurso público, podem ser
chamados para suprir as lacunas
nas vagas de especialistas", disse
Corinta.
Professores que estavam cumprindo funções de professores especialistas protestaram.
"Ela (Corinta) não conhece a
realidade da secretaria e ignora
sete anos de andamento da rede,
depois que deixou a secretaria na
administração Jacó Bittar (PSB)",
disse a educadora Ana Letícia
Sanches, da rede pública municipal.
Pelo menos 200 professores
substitutos da educação especial
devem ser mantidos por meio de
convênio entre entidades e prefeitura.
Corinta disse que ainda não sabe onde estão lotados os 664 professores da rede que estão fora das
salas de aula.
Aulas
A não-publicação do cronograma de aulas no "Diário Oficial" do
município aponta para o atraso
de, pelo menos, uma semana para
o início das aulas.
A previsão era que os 63 mil alunos das 180 unidades escolares da
rede municipal retornassem às
salas de aula no próximo dia 5 de
fevereiro.
Ontem, cerca de cem professores se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal para discutir a decisão da secretária.
Para os professores, a medida
de Corinta de "eliminar" cargos
de substituição vai prejudicar o
processo pedagógico nas escolas.
Para Corinta, não haverá prejuízo pedagógico. Segundo a secretária, os professores estão revoltados porque é bem mais difícil o
trabalho em sala de aula e porque
o professor é mal remunerado.
"Vamos tentar fazer uma nova
política salarial", disse Corinta.
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