Marcos Peron/Folha Imagem

Ivete Ribeiro (à esq.) e Maria Helena Lucena, mães cujos filhos estão sem creche no Largo do Rosário

da Folha Campinas

A desempregada Maria de Fátima Araújo, 32, afirmou que perdeu o emprego de doméstica após a determinação da Prefeitura de Campinas em reduzir para meio período as aulas de sua filha de 4 anos na creche da rede municipal de ensino.
"Não tenho onde deixar minha filha e tive que faltar em meu emprego", disse.
Já a doméstica Simone Oliveira de Jesus, 30, afirmou que tem de deixar seu filho de 5 anos em casa aos cuidados do mais velho, de 11.
"Tenho medo de deixar uma criança pequena com outra. Não tenho parentes no bairro nem dinheiro para pagar uma babá para olhar meu menino", disse Simone.
Ela afirmou que seu marido está desempregado e apenas faz "bicos" para sobreviver.
"Nós não temos dinheiro e meu marido também não pode olhar as crianças porque tem que procurar emprego", disse.
A doméstica Ivete Alves Ribeiro, 44, afirmou que iria para a prefeitura protestar contra a redução do período integral porque sua nora não tem onde deixar seu neto.
"Eu trabalho o dia inteiro, minha nora e meu filho também. Nós não temos onde deixar uma criança de 5 anos meio período do dia. Também não podemos deixar de trabalhar."
Pelo menos dez mães participaram de uma reunião na Prefeitura de Campinas ontem.



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