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ESTRADAS
Prolongamento da rodovia vai custar cerca de R$ 400 milhões; OAB alega que obra causa impacto ambiental
AutoBAn inicia obras na Bandeirantes
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas
A AutoBAn, concessionária do
sistema Anhanguera/Bandeirantes, informou ontem que vai começar as obras de prolongamento da
rodovia dos Bandeirantes no próximo mês. O investimento será de
R$ 400 milhões em três anos, de
acordo com a empresa.
A Secretaria de Estado do Meio
Ambiente concedeu na última sexta-feira uma L.I. (Licença de Instalação) que permite o início das
obras de prolongamento de 77 quilômetros da rodovia, entre Campinas e Cordeirópolis.
Segundo a AutoBAn, as obras devem gerar, na primeira etapa, pelo
menos 1.300 empregos diretos e
indiretos na região.
O trecho entre Campinas e o rio
Piracicaba será concluído na primeira etapa, em dois anos, e terá
três faixas.
A empresa terá que construir
uma ponte sobre o rio Piracicaba
para não atrapalhar a navegabilidade.
Entre a ponte e o fim do prolongamento, no município de Cordeirópolis, serão construídas apenas
duas faixas.
A L.I. é válida por cinco anos. A
AutoBAn deverá enviar relatórios,
durante as obras, comprovando
que está seguindo as determinações da secretaria.
Após a conclusão das obras, a Secretaria do Meio Ambiente deverá
fazer vistorias para emitir a licença
de operação.
Quando estiver concluída, a extensão da rodovia terá duas praças
de pedágios, uma no km 118, na altura de Sumaré, e outra no km 152,
em Limeira.
As tarifas cobradas devem ser de
R$ 4 e R$ 3, respectivamente, segundo a empresa.
Justiça
As obras de prolongamento geraram um impasse judicial que já
dura cerca de quatro anos.
A Comissão de Meio Ambiente
da OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) considera o início das
obras ilegal.
Segundo a Comissão, uma liminar concedida pela Justiça de Campinas em 1995 obriga a apresentação do Epia (Estudo Prévio do Impacto Ambiental) para o início da
obras.
"Não é uma autorização da Secretaria do Meio Ambiente que vai
passar por cima da Justiça", disse o
advogado Renato Guimarães, da
Comissão de Meio Ambiente da
OAB.
A liminar foi concedida em 1995
pela 5ª Vara Cível de Campinas.
Caso a AutoBAn inicie as obras, a
comissão ameaça enviar um ofício
para o Tribunal de Justiça denunciando a obstrução judicial por
parte da AutoBAn.
A concessionária informou, por
meio de sua assessoria de imprensa, que possui o Epia.
Segundo a assessoria, o Epia teria
sido feito na época em que a estrada ainda era administrada pela
Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/ A), mas os advogados alegam que o estudo da empresa é antigo.
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