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PERSONAGENS
Mercado informal é opção para as mulheres
LUCY MENDEZ
free-lance para a Folha Campinas
O mercado informal é uma
das opções que as campineiras
desempregadas estão encontrando.
Maria Lurdes, 44, é viúva, tem
quatro filhos e está desempregada há mais de cinco anos.
Quando trabalhava em uma
empresa de construção civil,
ela ganhava um salário mínimo
(R$ 130).
Atualmente, ela vende envelopes no centro de Campinas e
ganha cerca de R$ 200 mensais.
"Preciso levar pelo menos o leite e o pão para os meus filhos",
disse Maria, que inicia a sua
jornada de trabalho às 8h e só
volta para sua casa às 17h todos
os dias.
A desempregada disse que
procura emprego diariamente,
pois prefere ter estabilidade em
um trabalho fixo.
Maria afirmou que não tem
dívidas porque sabe que não terá como pagá-las.
A desempregada Maria Madalena Alves, 32, também trabalhava em uma empresa de
construção civil e afirmou que
está sem emprego há um ano e
três meses.
Divorciada e com dois filhos,
Madalena faz " bicos " como
manicure.
"Quando estava empregada
trabalhava de cinco a seis horas
por dia e ganhava R$ 1,19 por
hora trabalhada", afirmou Madalena.
Atualmente, segundo afirmou, consegue receber pouco
mais de um salário mínimo por
mês atuando no trabalho informal.
Madalena disse que está inadimplente no comércio há cerca de três anos. Ela não revelou
o valor total que deve a comerciantes.
"Não sei se vou conseguir pagar essa conta, apesar de receber uma pensão mensal de R$
130 de meu ex-marido", afirmou.
Araildes Rodrigues da Silva,
35, trabalhava em uma fábrica
de bolsas quando foi demitida.
Ela disse que está desempregada há aproximadamente duas
semanas.
Araildes ganhava R$ 294 por
mês e afirmou acreditar que será difícil conseguir um novo
emprego em Campinas, por
causa do desemprego crescente
na cidade.
Ivani Aparecida da Silva, 27,
era auxiliar de produção em
uma indústria farmacêutica e
perdeu o emprego há um mês.
Ivani ganhava R$ 342 e atualmente está ajudando sua irmã,
que é proprietária de uma pequena loja.
"Minha irmã está me ajudando a conseguir me manter",
afirmou.
A desempregada afirmou que
não tem dívidas. "Não pretendo gastar porque não tenho
perspectivas de conseguir um
novo emprego rapidamente",
disse Ivani.
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