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Polícia promove megaoperação
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Militar vai promover
hoje uma megaoperação de segurança nas imediações do Fórum
de Campinas, no centro da cidade, para evitar tentativas de resgate e atentados no primeiro dia de
audiências judiciais com o empresário William Walder Sozza.
Sozza e outras oito pessoas detidas por suspeita de participação
no esquema do roubo de cargas
da região serão deslocadas de penitenciárias para o Fórum para
responderem a um processo movido pelo Ministério Público.
Entre os acusados que comparecerão à audiência convocada
para hoje pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Nelson Fonseca Júnior, está o advogado Arthur Eugênio
Mathias. Tanto Sozza quanto Mathias foram citados pela CPI do
Narcotráfico como líderes do crime organizado na região.
A exemplo do ocorrido anteontem, quando Sozza foi transferido
de São Luís (MA) para o CDP
(Centro de Detenção Provisória),
de Hortolândia, o empresário será escoltado para o Fórum com o
auxílio de um carro blindado da
PM e do helicóptero Águia.
Policiais de São Paulo também
foram solicitados para reforçar a
segurança no centro. A PM não
informou qual será o total do efetivo mobilizado para a operação.
Segundo o promotor Ricardo
Silvares, 14 testemunhas foram
convocadas pela Justiça para depor nas audiências relativas ao
processo sobre o crime organizado e o esquema do roubo de cargas em Campinas.
Na primeira das audiências, hoje, serão ouvidas apenas as testemunhas de acusação contra os oito réus. A Justiça ainda não divulgou qual será a data dos depoimentos das testemunhas de defesa. "Não sabemos se todas as testemunhas de acusação serão ouvidas amanhã [hoje". Se isso ocorrer, poderemos ter apenas duas
audiências", disse o promotor.
Silvares também afirmou que
Sozza e os demais réus do processo não serão ouvidos hoje. Eles só
assistirão aos depoimentos. "O
Sozza, por exemplo, veio a Campinas por opção da defesa. O advogado dele entendeu que a presença do réu nas audiências seria
importante", afirmou.
Prisão
Sozza foi preso no dia 8 de dezembro de 2000, em Porto Ferreira (130 km de Campinas), por suspeita de participação no assassinato do delegado maranhense Estevan Mendonça.
A prisão foi feita por policiais do
Denarc (Departamento de Investigação sobre Narcóticos), que
procuravam Sozza para cumprir
o mandado de prisão expedido
pela Justiça do Maranhão em 14
de outubro de 99.
De acordo com a Polícia Civil, o
empresário deve voltar ao Maranhão em um prazo de 30 dias.
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