DA FOLHA CAMPINAS

A Câmara de Campinas convidou ontem o secretário de Obras, Serviços Públicos e Projetos, Lauro Maschietto, para explicar a prorrogação do contrato entre a prefeitura e a empresa Brasobras Prestação de Serviços Ltda.
O encontro entre o secretário e os vereadores está marcado para a próxima terça-feira, às 15h.
O contrato com a Brasobras está sob suspeita de irregularidades.
Um dos proprietários da empresa foi assessor da administração petista anterior e filiado ao PT -partido do prefeito Antonio da Costa Santos.
A Brasobras é suspeita de ter utilizado documentos falsos para vencer uma concorrência pública em 1999, na gestão do ex-prefeito Francisco Amaral (PPB).
"São denúncias sérias e precisam ser investigadas", declarou o vereador Dário Saadi (PSDB).
De acordo com o presidente da Casa, Romeu Santini (PSDB), o Legislativo vai questionar o motivo e os argumentos para a prorrogação do contrato.
"Queremos ainda saber detalhes sobre o conteúdo do contrato e a relação entre o proprietário da empresa e o PT", disse.
A prorrogação do contrato vale por seis meses e vai custar à prefeitura R$ 2,4 milhões.
O contrato vence no próximo dia 2 de agosto. Uma nova licitação está em andamento, e a Brasobras está entre as cerca de 50 empresas que disputam a concorrência pública.
Maschietto declarou à Folha que a atual administração considera o contrato com a Brasobras regular. Ele disse que a análise foi feita pela Secretaria de Assuntos Jurídicos e da Cidadania.
O secretário de Obras, Serviços Públicos e Projetos de Campinas não atendeu a reportagem para comentar a ligação entre o proprietário da Brasobras com o PT e a administração petista anterior.


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