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ADMINISTRAÇÃO
Comissão investiga irregularidade no aumento de 27,3% no valor das cestas entregues a 3.000 servidores
Sumaré suspende distribuição de cestas
free-lance para a Folha Campinas
A Prefeitura de Sumaré suspendeu, pelo menos até fevereiro, a
distribuição de cestas básicas dos
cerca de 3.000 funcionários, pensionistas e servidores inativos que
recebiam o benefício mensalmente.
A decisão foi tomada porque
uma Comissão de Sindicância, formada por funcionários públicos,
analisa uma possível irregularidade no aumento de 27,3% no valor
das cestas, concedido a partir de
maio deste ano à prefeitura.
A assessoria de imprensa do vereador Antonio Carlos Serra
(PDT), de Sumaré, informou que a
irregularidade apontada está no
fato de a prefeitura ter aumentado
o valor da cesta sem antes fazer
uma pesquisa de preço do mesmo
produto em outras empresas.
Segundo ele, os vereadores alegam que em cidades próximas a
Sumaré o valor pago pela cesta é
bastante inferior.
No município, a cesta de alimentos saltou de R$ 31,40 para R$ 40.
A partir da suspeita, apontada no
início do mês, uma Comissão de
Sindicância foi formada logo em
seguida. Três funcionários públicos foram nomeados pelo prefeito
Dirceu Dalben (PPS) para analisar
o caso e descobrir as possíveis irregularidades.
Dalben informou, por meio da
assessoria de imprensa, que tomou
a decisão de suspender as cestas
para atender a uma solicitação da
própria comissão de investigação.
Os três servidores têm até o dia 10
de fevereiro para apresentar um
parecer final sobre a investigação.
Até fevereiro, a cesta básica dos
3.000 servidores beneficiados permanecerá suspensa.
A cesta, no entanto, pode voltar a
ser distribuída caso seja apresentada uma decisão favorável à prefeitura e que não confirme as suspeitas.
A cesta básica de Sumaré tem 23
itens, entre eles arroz, feijão, açúcar, café, óleo, macarrão, leite em
pó, farinha de trigo e de mandioca,
sardinha, extrato de tomate e bolachas.
Segundo a assessoria da prefeitura, a empresa fornecedora das cestas apresentou comprovantes, em
março passado, de que os preços
do arroz e do feijão subiram "significativamente".
A alegação foi que houve quebra
nas safras dos dois produtos, o que
acarretou em um alto reajuste.
Devido à situação, a empresa fornecedora dos alimentos solicitou
que houvesse um reajuste no valor
das cestas, acatado por Dalben.
A assessoria informou que Dalben se baseou na lei das licitações
nš 8666/93 para conceder o reajuste. A legislação fala sobre a necessidade da manutenção do equilíbrio
econômico e financeiro das empresas licitadas pela prefeitura,
mediante aumentos inesperados
na matéria-prima.
A Folha procurou Dalben, mas
ele não respondeu às ligações.
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