Campinas, Quinta, 31 de dezembro de 1998

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PM guincha carro de som na prefeitura

da Folha Campinas

A Polícia Militar guinchou o carro de som do sindicato dos servidores de Campinas, que fazia uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura, ontem por volta das 12h30.
No início do mês, o prefeito Francisco Amaral (PPB) determinou, por meio de um decreto, a proibição de manifestação com carro de som em frente ao Paço.
Os sindicalistas e cerca de 40 servidores protestavam contra o não-pagamento dos salários ontem, data do vencimento.
Anteontem, a Secretaria das Finanças e dos Recursos Humanos anunciou que os salários deste mês devem ser pagos somente em 13 de janeiro.
A PM multou o carro do sindicato por estar em cima da calçada e por estacionamento irregular, em frente à guia rebaixada.
De acordo com o tenente da PM Arnaldo Henck Kaffer, o carro de som foi guinchado após os manifestantes terem sido avisados.
"Há uma lei que proíbe esse tipo de manifestação em frente à prefeitura. Nós avisamos, mas eles não quiseram se retirar", disse.
O coordenador-geral do sindicato Fábio Custódio disse que as manifestações com carros de som em frente ao Paço devem continuar.
Ontem, Custódio afirmou que os sindicalistas devem fazer piquetes nos elevadores da prefeitura a partir de segunda-feira, quando deve ser iniciada uma paralisação.
"Nós vamos protestar porque é um direito do cidadão e também porque é um absurdo a prefeitura não ter feito o pagamento dos servidores na data prevista", disse.
A Folha não conseguiu localizar o secretário-chefe de Gabinete, Mário Orlando Galvês de Carvalho, para comentar o fato.

Greve
Cerca de 200 funcionários do Hospital Mário Gatti decidiram ontem participar de uma mobilização em favor da greve devido ao aumento da jornada de trabalho e da redução de folgas, determinados pela Secretaria da Saúde.
No próximo sábado os funcionários farão uma assembléia para decidir a paralisação dos atendimentos no hospital.
Pela determinação do Mário Gatti, a jornada de trabalho, que antes era de 34,5 horas semanais, passou para 36 horas.
As folgas mensais foram reduzidas de sete para quatro.
De acordo com a secretária-geral do Sindicato dos Servidores Sandra Lia Biazon, os funcionários já decidiram pela paralisação.
"Nós apenas estamos cumprindo trâmites legais para a convocação da greve. Os funcionários que participaram da assembléia já decidiram paralisar o trabalho", disse.
A Folha tentou falar com o presidente do Hospital Mário Gatti, Rhama Freitas, mas não consegui localizá-lo.



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