Eu amo meu chefe

Ter um salário dos sonhos é uma meta para muitas pessoas. Mas, quando isso vem acompanhado de um chefe horrível, vale a pena? Pesquisa divulgada nos EUA mostra que, entre essas variáveis, 65% dos entrevistados preferem um bom chefe e 35% optam por reajuste de salário.

A autora da pesquisa é a psicóloga e escritora Michelle McQuaid. Foram entrevistados mil trabalhadores americanos de diferentes classes sociais. "As pessoas afirmaram que um mau chefe atrapalha o desempenho profissional, prejudica a saúde e colabora para aumentar problemas nos relacionamentos", diz McQuaid.

A pior característica de um líder, apontada por 33% das pessoas ouvidas na pesquisa, é a imprevisibilidade. Os outros defeitos foram autoritarismo (25%), falta de comando ou preguiça (18%), narcisismo (15%) e o hábito de intimação (9%).

O levantamento também mostrou que 64% dos entrevistados não estão felizes com seus chefes. "Ao longo dos últimos 50 anos, pesquisadores mostram que três em cada quatro pessoas relatam que o chefe é a parte mais estressante do trabalho."

Segundo o instituto Gallup, relações ruins entre chefes e subordinados geram US$ 360 bilhões (R$ 780 bilhões) por ano em perda de produtividade nos EUA.

A especialista afirma que há modos de administrar a convivência com um mau gestor. Uma das técnicas é criar "solavancos de alegria": encontrar momentos no dia de trabalho para sorrir -por exemplo, contando piada.

Outra dica é que o trabalhador cultive bons relacionamentos com colegas de trabalho. Um almoço semanal, uma caminhada ou um jantar mensal ajudam a afastar a solidão no ambiente de trabalho, diz a psicóloga.

E, se a situação estiver incontornável, uma conversa com o chefe é recomendada. McQuaid diz que o funcionário deve se preparar. "Controle os medos, que só trazem comportamentos ruins."