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Desastres naturais mataram quase 30 mil pessoas em 2011

Dados foram divulgados ontem por centro de referência belga

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Pelo menos 29.782 pessoas morreram em 302 desastres naturais, como terremotos, furacões, secas e inundações, registrados no ano passado.

O número de casos é alto, mas representa uma queda de 30% em relação ao ano anterior, quando cerca de 430 incidentes foram registrados.

Os dados foram divulgados ontem, na Bélgica, pelo Cred (Centro de Pesquisas sobre Epidemiologia de Desastres), uma instituição de referência mundial sobre o assunto.

A quantidade de mortos foi turbinada por causa do terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão em março de 2011. Na Ásia estão 89% dos mortos no ano passado vítimas de desastres. Ao todo, 206 milhões de pessoas foram afetadas pelos incidentes.

A epidemiologista Debarati Guha-Sapir, diretora do Cred, destacou ainda, na apresentação dos dados, os 900 mortos por enchentes e deslizamentos em janeiro do ano passado no Brasil.

"Boa parte dos desastres tem acontecido em países com economia forte ou em crescimento, com condições de preveni-los", disse.

A especialista mostrou ainda um trabalho publicado neste mês na revista "Epidemiology". O estudo comparou a condição de crianças expostas e não expostas a enchentes em Bangladesh. O trabalho revela um aumento de doenças respiratórias e de desnutrição nas primeiras.

Em entrevista à Folha na época das chuvas de 2011, Guha-Sapir afirmou que zonas de risco de inundação costumam ser bem conhecidas por autoridades e moradores, já que são recorrentes nos mesmos lugares. Justamente por isso não é difícil - nem é caro- preveni-los.

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