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Pesquisas criam barata e caracol 'ciborgues'

Nova área desenvolve híbridos entre animais e máquinas como alternativa aos robôs

DO “NEW YORK TIMES”

Caracóis e baratas elétricos já existem. Ambos são incursões experimentais, ainda muito iniciais, de uma nova linha de pesquisa focada na criação de pequenos híbridos entre máquina e animal -autossuficientes na geração de energia- como alternativa ao uso de pequenos robôs.

Em vez de começar do zero e de ter que resolver todos os problemas de movimentação que assolam os criadores de robôs, pesquisadores decidiram usar criaturas que já sabem o que fazer.

Tudo o que é preciso é "robotizar" esses seres, vestindo-os com a tecnologia certa para escravizá-los, fazendo com que obedeçam a todos os comandos -em missões de busca e salvamento, para espionar ou atacar.

Um grande desafio na robotização de criaturas vivas é que, embora elas não venham com baterias, é necessário eletricidade para alimentar os sensores e transmissores.

A Darpa (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), órgão americano que financia pesquisas do tipo "e se for possível" tem um programa com objetivo de resolver isso.

Alguns pesquisadores, que por enquanto não são patrocinados por ela, já estão dando os primeiros passos nesse sentido. Evgeny Katz, da Universidade Clarkson, relatou sua caracol elétrica recentemente no "Journal of the American Chemical Society".

Ele e colegas colocaram dois eletrodos revestidos de enzimas em um espaço entre a concha e o corpo de um caracol, uma área em que a glicose está presente.

As enzimas promovem reações químicas que produzem um fluxo do elétrons (eletricidade) a partir das moléculas de glicose.

Em janeiro, na mesma revista, pesquisadores anunciaram um método similar, mas usando baratas.

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