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Cientistas da Fiocruz concluem genoma da vacina da tuberculose

Estudo pode melhorar eficácia da imunização brasileira; país registra 70 mil casos anuais

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) publicaram o genoma completo da vacina contra a tuberculose usada no Brasil.
O trabalho, que saiu recentemente no "Journal of Bacteriology", pode ajudar a melhorar a vacina, que é aplicada em recém-nascidos.
O país ainda registra mais de 70 mil casos de tuberculose por ano, com 5.000 mortos. No mundo, a tuberculose causa 1,4 milhão de mortes: três mortos por minuto.
"Sabemos que a vacina tem uma eficácia melhor na infância, mas protege menos os adultos. O genoma da vacina pode nos ajudar a entender isso", explica a pesquisadora Leila Mendonça Lima, coordenadora do trabalho.
O genoma da vacina utilizada no Brasil é importante porque as linhagens da bactéria (cepas) utilizadas para produção da vacina BCG variam em cada país.
Essa diferenciação aconteceu por causa de mutações dos micro-organismos utilizados para fazer a vacina.
O Brasil é um dos únicos países do mundo a utilizar a cepa mureau da BCG. "Por isso é importante que a gente compreenda essa cepa", diz Lima, da Fiocruz.
A análise genômica da vacina começou em 2004 e envolveu cerca de dez pesquisadores da Fiocruz e da Fundação Ataulpho de Paiva (produtora da BCG no Brasil).
A expectativa agora é começar a propor melhorias para a vacina a partir dos dados.

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