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Campo Grande é cidade recordista em queda de raios no Brasil, diz Inpe
DA REPORTAGEM LOCAL
Um estudo realizado em cooperação pela Nasa (agência espacial
americana) e pelo Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais)
determinou pela primeira vez a
lista dos maiores centros "receptores" de raios do mundo. A cidade campeã no Brasil é Campo
Grande (MS), quarta colocada na
América do Sul e a 20ª no mundo.
O ranking é baseado apenas nos
raios que chegam a atingir o solo,
uma inovação só possível graças
ao trabalho dos cientistas brasileiros. O trabalho foi realizado a partir de dados coletados por um satélite da Nasa que operou de 1996
a 2000. "De cima, ele registrava todas as descargas elétricas, tanto as
que aconteciam dentro da nuvem
como as que chegavam ao chão",
explica Osmar Pinto Júnior, do
Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, líder da participação
brasileira no projeto.
"E nós desenvolvemos um método novo de processar essas informações e determinar especificamente quais dos raios de fato
chegavam ao solo", afirma.
Segundo Pinto Júnior, essa é a
parcela dos raios que realmente
interessa às pessoas. "São as descargas que podem causar algum
dano à sociedade. No fim, é o que
todo mundo quer saber."
No mundo, a cidade líder em
queda de raios é Kamembe, em
Ruanda. Ela é seguida por três cidades do Congo, uma da Malásia,
uma da Nigéria e uma do Gabão.
Deu para ver que a África é o principal pólo de raios no planeta. Curiosamente, o Brasil ainda pode
clamar o posto de ser o campeão
de raios do globo, por sua vasta
extensão territorial. "Caem aqui
de 50 a 70 milhões de raios anualmente", diz Pinto Júnior.
Outras três cidades brasileiras
figuram nas "dez mais" sul-americanas. São elas Porto Nacional
(sexto lugar), Tocantins, Belém
(sétimo), Pará, e Juiz de Fora (oitavo), Minas Gerais.
(SN)
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