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BIOLOGIA
"Pílula do exercício" faz cobaia virar maratonista
DA ASSOCIATED PRESS
Os benefícios do exercício
físico já podem ser colocados
em uma pílula. Pelo menos
em laboratório, e em animais, os resultados positivos
já apareceram. Até poderem
ser usadas em humanos, porém, as novas drogas terão de
enfrentar uma bateria de testes com anos de duração.
Uma das pílulas desenvolvidas pela equipe do pesquisador Ronald Evans, do Instituto Salk, na Califórnia, teve o efeito benéfico sobre os
animais que já praticavam
exercício físico, em média,
50 minutos por dia.
Os "supercamundongos"
que tomaram o medicamento correram 68% mais do que
aqueles que continuaram
sendo apenas treinados. Ou
seja, com o remédio, eles demoraram mais para sentir o
cansaço físico. Como essa pílula não surtiu efeito em animais sedentários, porém, os
cientistas tentaram interferir em uma outra via bioquímica. E tiveram sucesso.
A outra pílula conseguiu
aumentar em 44% o rendimento físico de camundongos que não faziam exercícios anteriormente.
Evans afirma que não está
trabalhando para nenhuma
empresa farmacêutica. Ele
reconhece porém, que a primeira pílula -sonho de consumo de atletas olímpicos-
tem uma estrutura química
relativamente simples de ser
reproduzida em laboratório.
Também preocupados
com o doping, os cientistas
desenvolveram um teste que
detecta as duas drogas e os
seus subprodutos tanto na
urina quanto no sangue.
Apesar de atletas sem muito espírito olímpico correrem todos os riscos para conseguirem melhorar seus desempenhos, as duas pílulas
terão que passar por detalhados testes antes de poderem
ser vendidas com segurança.
Portanto, enquanto a ginástica "virtual" farmacêutica não vira realidade, o melhor é seguir a recomendação
médica de praticar exercícios "reais" que já tenham a
segurança comprovada.
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