|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Transferência de tecnologia é para empresa, não para país"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos benefícios que a ACS
promete trazer ao Brasil é um
pouco do conhecimento que os
ucranianos acumularam ao
longo das décadas, principalmente no período soviético, em
que lançaram foguetes da família Cyclone. "É óbvio que haverá transferência de tecnologia",
diz Roberto Amaral, diretor da
metade brasileira da empresa.
Stanislav Konyukhov, diretor-geral da Yuzhnoye (empresa ucraniana que projetou o foguete Cyclone-4 para a binacional) ecoa seu colega brasileiro,
mas afirma que os termos em
que esse conhecimento será repassado ainda não foram totalmente definidos.
"O que diz respeito a nosso
contrato não é com o Brasil. Temos um contrato com a empresa binacional ACS", afirma
Konyukhov. "Ela terá direito
de acesso a tudo o que ela encomendar de nós -documentação, patentes, etc.-, mas não
temos como saber como o Brasil vai se relacionar com a ACS
para ter acesso a essas informações", pondera ele.
Mesmo com essa transferência de tecnologia, porém, Konyukhov diz duvidar que um dia
os brasileiros adquiram capacidade técnica para competir
com os ucranianos com um foguete próprio, mesmo que o
programa VLS avance para foguetes de escala maior.
"Nós não vamos ser concorrentes. Isso porque, para chegar a um foguete da classe do
Cyclone 4, o Brasil ainda precisa de pelo menos uns 15 ou 20
anos, mas durante esse tempo a
gente também não vai ficar parado, vamos continuar progredindo", afirma ele.
(RG)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: ACS aposta em lançamento "barateiro" Índice
|