São Paulo, sábado, 02 de junho de 2007

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Discurso de americano recebe saraivada de críticas na Europa

DO "FINANCIAL TIMES"

Às vésperas do encontro do G8 na Alemanha, a União Européia reagiu negativamente à aparente mudança de intenções de George W. Bush em sua política sobre o aquecimento global. No dia seguinte ao que o presidente americano ensaiou uma aparente guinada em seu discurso sobre o clima -e sugeriu que o G8 e as Nações Unidas não são os foros adequados para discutir o assunto-, a Europa rebateu as declarações.
Um porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a posição da Europa de discutir a emissão de gases-estufa no G8 é "não-negociável". O comissário europeu para o ambiente, o grego Stavros Dimas, afirmou que a proposta apresentada por Bush ontem é vaga e permanece "na linha clássica dos Estados Unidos".
O português José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, diz que Bush deveria ser "mais ambicioso" e que a ONU deve "continuar a base para estabelecer -e atingir- metas obrigatórias e mensuráveis [de redução nas emissões de gases-estufa]".
Sigmar Gabriel, ministro do Ambiente alemão, disse não saber se o discurso de Bush é "uma mudança na posição dos EUA ou uma manobra com o objetivo de causar confusão".
Bush também foi alvo hoje da presidente da Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA, Nancy Pelosi, que promete tentar aprovar ainda neste ano uma lei que imponha limites à emissão de gases do efeito estufa no país. "O Congresso vai agir no sentido de uma legislação sobre comércio [de emissões]", disse ontem, após classificar o discurso do republicano uma "reciclagem de idéias ultrapassadas".


Com Reuters


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