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EUA sucateiam projeto de lixo tóxico
DO "THE NEW YORK TIMES"
A administração Bush cortou verbas para 33 instalações de tratamento de lixo tóxico em 18 Estados americanos, numa redução severa do programa de controle
ambiental promovido pelos EUA alimentado pelo chamado Superfund. A informação foi anunciada ao Congresso americano pelo inspetor-geral da Agência de Proteção Ambiental americana, a EPA.
Os cortes, impostos em razão da redução drástica do fundo em centenas de milhões de dólares, podem interromper os trabalhos de limpeza em algumas das regiões mais poluídas dos EUA. Entre as instalações que devem receber menos dinheiro -em alguns casos, nenhum- estão a fábrica no município de Edison, Nova
Jersey, onde foi criado o herbicida agente laranja, várias indústrias
químicas na Flórida e duas velhas minas em Montana.
O presidente americano, George W. Bush, já havia anunciado os
cortes de verba (dos US$ 450 milhões pedidos pela EPA para o
programa, o governo federal só liberou US$ 228 milhões), mas a
agência ambiental ainda não havia determinado em que partes do
projeto eles iriam interferir. Essa é
a primeira vez que a agência se
manifesta a respeito do assunto.
O documento da EPA foi obtido
de congressistas do Partido Democrata, opositores dos cortes e
da política do presidente Bush, do Partido Republicano.
Há incerteza nas comunidades prejudicadas, que não sabem
quando os trabalhos nas instalações que sofrerão com os cortes
devem ser retomados, quão rápido eles poderão prosseguir e com
que dinheiro. Os 33 centros prejudicados estão entre as regiões
mais poluídas dos EUA.
O Superfund foi criado em 1980, na forma de um imposto pago por indústrias químicas e petrolíferas para o tratamento de "locais órfãos", regiões em que era impossível determinar a companhia responsável pela poluição, e para ações de emergência. O imposto foi suspenso pelo Congresso em 1995, quando o fundo começou a escassear. Bush não fez nenhuma menção de restaurar o imposto.
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