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Países chegam a um acordo sobre biodiversidade
DO ENVIADO A JOHANNESBURGO
Os países ricos e os pobres
acertaram os ponteiros em
dois temas na Rio +10: metas
para reverter a perda de espécies até 2010 e a solicitação
a países para que ratifiquem
o Protocolo de Kyoto.
As metas para a biodiversidade eram uma proposta capitaneada pela União Européia. Países subdesenvolvidos e ricos em espécies, como o Brasil, se recusavam a
adotar medidas nesse sentido. Isso porque, até agora,
nações ricas não garantiam
que elas, detentoras da tecnologia de exploração de
fauna e flora -para medicamentos, por exemplo-, repartiriam os benefícios dessa atividade com os países de
origem das espécies.
A repartição de benefícios
tem sido o grande impasse
da Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada
durante a Eco-92.
O acordo foi alcançado no
começo da madrugada de
ontem pelos ministros do
Ambiente reunidos em Johannesburgo. Para o brasileiro José Carlos Carvalho, é
um avanço importante no
combate à biopirataria.
"Esta cúpula tem mandato
para determinar à ONU que
crie um regime internacional de repartição de benefícios em diversidade biológica", disse o ministro.
O outro avanço das conversas ministeriais foi o consenso de que os países deveriam ratificar o quanto antes
o Protocolo de Kyoto. O tema era emperrado pelos
EUA, que rejeitaram o acordo sobre o clima e não queriam que o protocolo fosse
mencionado na Rio +10.
O Greenpeace distribuiu
ontem na Rio +10 adesivos
com os dizeres: "Salve nosso
planeta. Mande Bush de volta ao dele".
(CA)
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