São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2010

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Hipótese tem só 12 anos, mas já domina pesquisa

DE SÃO PAULO

A energia escura é a caçula entre as hipóteses que tentam explicar a evolução do Universo: dados experimentais em favor de sua existência apareceram pela primeira vez em 1998.
Nesse ano e no seguinte, ao observar supernovas distantes, os pesquisadores mostraram que o Cosmos não só está se expandindo, com as galáxias se afastando umas das outras, mas também que essa expansão está se acelerando.
Para que isso acontecesse, era necessário postular a existência de uma forma de energia com pressão negativa. Isso significa, grosso modo, que esse tipo de energia teria de reagir, diante da gravidade, de forma inversa ao "natural".
Ou seja, enquanto a matéria e a energia "tradicionais" sofrem uma força de atração sob efeito da gravidade, a energia escura desencadeia uma força de repulsão, ou afastamento. Daí, portanto, o distanciamento acelerado entre uma galáxia e outra.
Quando se faz a conta do "PIB" do Universo -ou seja, qual a soma de matéria e energia necessária para que o Cosmos tenha as propriedades que tem-, o resultado é que a energia escura deveria corresponder a 75% da composição cósmica.
A matéria "comum", conhecida pelo homem, é só 5% desse montante, enquanto o resto corresponderia à chamada matéria escura, quase tão misteriosa quanto a energia escura. Os componentes "escuros" só interagem com o resto do Cosmos via gravidade.


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