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SAIBA MAIS
Hipótese tem só
12 anos, mas já
domina pesquisa
DE SÃO PAULO
A energia escura é a caçula entre as hipóteses que
tentam explicar a evolução
do Universo: dados experimentais em favor de sua
existência apareceram pela
primeira vez em 1998.
Nesse ano e no seguinte,
ao observar supernovas distantes, os pesquisadores
mostraram que o Cosmos
não só está se expandindo,
com as galáxias se afastando umas das outras, mas
também que essa expansão
está se acelerando.
Para que isso acontecesse, era necessário postular a
existência de uma forma de
energia com pressão negativa. Isso significa, grosso
modo, que esse tipo de
energia teria de reagir,
diante da gravidade, de forma inversa ao "natural".
Ou seja, enquanto a matéria e a energia "tradicionais" sofrem uma força de
atração sob efeito da gravidade, a energia escura desencadeia uma força de repulsão, ou afastamento.
Daí, portanto, o distanciamento acelerado entre uma
galáxia e outra.
Quando se faz a conta do
"PIB" do Universo -ou seja, qual a soma de matéria e
energia necessária para que
o Cosmos tenha as propriedades que tem-, o resultado é que a energia escura
deveria corresponder a 75%
da composição cósmica.
A matéria "comum", conhecida pelo homem, é só
5% desse montante, enquanto o resto corresponderia à chamada matéria escura, quase tão misteriosa
quanto a energia escura. Os
componentes "escuros" só
interagem com o resto do
Cosmos via gravidade.
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