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Britânico propõe 42% de corte de gases se acordo global vingar
Janek Skarzynski/France Presse
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"SOS Clima" estampa camiseta de ambientalista na Polônia
DA REPORTAGEM LOCAL
O Comitê de Mudanças Climáticas do Reino Unido recomendou ontem que o país corte
pelo menos 34% de suas emissões de gases do efeito estufa
até 2020, em comparação aos
níveis de 1990, e eleve essa meta para 42% assim que um novo
acordo global para redução de
emissões for assinado.
Atualmente, a legislação britânica estabelece um corte de
26% para este período. O objetivo das recomendações, que
integram um relatório do comitê, é permitir que o país alcance
a meta de 80% de redução nas
emissões de gases do efeito estufa até 2050 -prevista na Lei
de Mudança Climática, aprovada na semana passada no país.
Entre as sugestões para diminuir emissões estão a redução
do uso de combustíveis fósseis
e o aumento do uso de energias
renovável e nuclear. Também
orienta o desenvolvimento do
uso de biocombustíveis sustentáveis e carros elétricos.
O comitê é um órgão independente, formado por especialistas de diversas áreas. As
recomendações serão analisadas agora pelo governo.
Europa dividida
A União Européia chega à 14ª
Conferência do Clima da ONU,
em Poznan (Polônia), dividida.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou ontem, na abertura do encontro,
que a União Européia está
"muito perto" de um acordo para o novo pacote para combater
a mudança do clima. Mas afirmações de outros representantes de países europeus demonstram que o consenso não está
tão próximo assim.
A Polônia depende maciçamente de carvão e tem procurado concessões nas negociações do grupo. O país apóia o
objetivo de reduzir gases de
efeito de estufa, desde que isso
não cause o fechamento de usinas ou aumento do preço de
eletricidade aos consumidores.
O ministro italiano Andrea
Ronchi reclama que o pacote
contra o clima pode levar ao encarecimento da eletricidade
"Penalizará nossa indústria,
aumentará custos para os cidadãos, ameaçará empregos e fará
a Itália empobrecer", diz.
A Dinamarca, que faz pressão
contra o carvão, diz que já foram feitas concessões suficientes à Polônia. Para tentar quebrar o impasse, a UE fará uma
reunião neste final de semana.
Sua decisão será apresentada
nas sessões do alto escalão da
conferência, nos dias 11 e 12.
Com agências internacionais
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