São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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Corte de CO2 deve custar de 1% a 5% do PIB

DO ENVIADO A BANCOC

Uma das más notícias do relatório é que uma estabilização do nível de CO2 na atmosfera em 450 partes por milhão, necessária para evitar um aquecimento superior a 2C em 2100, deve ter um custo alto para a economia mundial.
Apesar de já haver a tecnologia de mitigação necessária hoje, as emissões globais em relação a 1990 cresceram 24%, quando deveriam ter diminuído. Isso coloca uma etiqueta de preço na meta ideal de estabilização bem acima do 1% do PIB mundial previsto pelo famoso Relatório Stern, do governo britânico. Está mais para 5%.
"É preciso entender a diferença entre o potencial técnico de mitigação -ou seja, o que é possível fazer mas é inviável economicamente-, o potencial econômico -o que é viável- e o potencial de mercado -o que já está aí e só não se faz de burrice", diz Roberto Schaeffer. É nesse potencial de mercado que está a boa notícia do IPCC.
Segundo a Folha adiantou em fevereiro, com base em um rascunho do relatório-síntese do AR4, os cientistas do IPCC já identificaram o potencial de cortar a emissão de 4,2 bilhões de toneladas de gás carbônico de graça ou com lucro, com a melhora da eficiência energética. Isso dá quase um Kyoto (cujas reduções previstas são de 5 bilhões de toneladas). (CA)


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