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Corte de CO2 deve custar de 1% a 5% do PIB
DO ENVIADO A BANCOC
Uma das más notícias do
relatório é que uma estabilização do nível de CO2 na atmosfera em 450 partes por
milhão, necessária para evitar um aquecimento superior a 2C em 2100, deve ter
um custo alto para a economia mundial.
Apesar de já haver a tecnologia de mitigação necessária
hoje, as emissões globais em
relação a 1990 cresceram
24%, quando deveriam ter
diminuído. Isso coloca uma
etiqueta de preço na meta
ideal de estabilização bem
acima do 1% do PIB mundial
previsto pelo famoso Relatório Stern, do governo britânico. Está mais para 5%.
"É preciso entender a diferença entre o potencial técnico de mitigação -ou seja, o
que é possível fazer mas é inviável economicamente-, o
potencial econômico -o que
é viável- e o potencial de
mercado -o que já está aí e
só não se faz de burrice", diz
Roberto Schaeffer. É nesse
potencial de mercado que
está a boa notícia do IPCC.
Segundo a Folha adiantou
em fevereiro, com base em
um rascunho do relatório-síntese do AR4, os cientistas
do IPCC já identificaram o
potencial de cortar a emissão de 4,2 bilhões de toneladas de gás carbônico de graça
ou com lucro, com a melhora
da eficiência energética. Isso
dá quase um Kyoto (cujas reduções previstas são de 5 bilhões de toneladas).
(CA)
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