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No Maranhão, docente recebeu "aúxílio de retorno das férias'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Irregularidades nas contas
das fundações de apoio são
quase rotineiras. Na da Universidade Federal do Maranhão,
professores receberam pela
fundação até mesmo "auxílio
de retorno das férias", segundo
o ministro do TCU José Jorge.
"Eu queria saber como o sujeito
vai gastar o dinheiro das férias
depois que retornar ao trabalho", ironizou o ministro.
Em 2007 o tribunal iniciou
um procedimento para regulamentar a relação entre fundações e universidades. Criadas
para facilitar a pesquisa, as fundações estavam cada vez mais
sendo desvirtuadas para tornarem-se contratadoras de mão
de obra para a universidade.
Com isso, administradores se
livraram de processos.
O tribunal acabou atropelado
pelo escândalo da Finatec, a
fundação da Universidade de
Brasília (UnB). Em fevereiro de
2008, o MP do Distrito Federal
apontou diversas irregularidades em compras da fundação,
que financiaram uma reforma
de R$ 500 mil no apartamento
do então reitor, Timothy Mulholland. Ainda há 14 investigações sobre a Finatec no TCU.
Após o escândalo, o TCU determinou que os ministérios da
Educação e Ciência e Tecnologia teriam um ano para deixar
de enviar recursos diretos para
as Fundações. Eles teriam que
ser enviados primeiro às universidades. E deu ainda um
prazo até novembro de 2009
para que fosse feito o conjunto
de leis para regular o setor.
Os recursos continuam sendo enviados direto às fundações. Ainda assim, o ministro
Augusto Cedraz reconhece que
universidades e governo vêm
tentando se adequar.
(DA e AP)
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