|
Texto Anterior | Índice
Grupo cria variedade de
HIV que infecta macaco
Animal pode se tornar cobaia para teste de vacina
DA REUTERS
Cientistas da Universidade
Rockefeller, de Nova York,
anunciaram ontem ter conseguido criar uma linhagem do
HIV capaz de infectar macacos.
É o primeiro passo para que
uma eventual vacina possa ser
testada em símios antes de chegar a pesquisas com humanos.
O novo vírus foi desenvolvido pela alteração de um único
gene do patógeno original e foi
capaz de contaminar o macaco-rabo-de-porco, um primata de
origem asiática. O HIV geneticamente modificado, uma vez
injetado nos símios, conseguiu
se proliferar quase tanto quanto nas pessoas. Mas o animal
consegue anular sua ação, e o
vírus não o deixa doente, segundo os pesquisadores.
Cientistas já conheciam um
"primo" do HIV -o SIV- que
provoca uma doença semelhante à Aids em certos tipos de
macacos. Mas vírus dos símios
não é idêntico ao que infecta
pessoas, e não é um substituto
perfeito para testar tratamentos para humanos.
"Se a nossa pesquisa for levada adiante, esperamos que num
dia talvez não muito longínquo,
seremos capazes de fazer vacinas que são destinadas ao uso
em humanos e que poderão ser
testadas em animais", disse
Paul Bieniasz, da Universidade
Rockefeller, um dos autores da
pesquisa. O trabalho de seu
grupo está descrito em estudo
na edição de ontem da revista
científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos
Estados Unidos.
Texto Anterior: Plutão abriga efeito estufa e é quente no alto Índice
|