São Paulo, quarta-feira, 04 de março de 2009

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Grupo cria variedade de HIV que infecta macaco

Animal pode se tornar cobaia para teste de vacina

DA REUTERS

Cientistas da Universidade Rockefeller, de Nova York, anunciaram ontem ter conseguido criar uma linhagem do HIV capaz de infectar macacos. É o primeiro passo para que uma eventual vacina possa ser testada em símios antes de chegar a pesquisas com humanos.
O novo vírus foi desenvolvido pela alteração de um único gene do patógeno original e foi capaz de contaminar o macaco-rabo-de-porco, um primata de origem asiática. O HIV geneticamente modificado, uma vez injetado nos símios, conseguiu se proliferar quase tanto quanto nas pessoas. Mas o animal consegue anular sua ação, e o vírus não o deixa doente, segundo os pesquisadores.
Cientistas já conheciam um "primo" do HIV -o SIV- que provoca uma doença semelhante à Aids em certos tipos de macacos. Mas vírus dos símios não é idêntico ao que infecta pessoas, e não é um substituto perfeito para testar tratamentos para humanos.
"Se a nossa pesquisa for levada adiante, esperamos que num dia talvez não muito longínquo, seremos capazes de fazer vacinas que são destinadas ao uso em humanos e que poderão ser testadas em animais", disse Paul Bieniasz, da Universidade Rockefeller, um dos autores da pesquisa. O trabalho de seu grupo está descrito em estudo na edição de ontem da revista científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.


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