São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2010

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Obama manda conta de US$ 69 mi para BP e se diz "furioso"

Empresa corta tubo no local do vazamento e tenta vedar válvula

Charlie Riedel/Associated Press
Gaivota sobrevoa área de mar coberta por óleo perto de ilha no sul da Louisiana (EUA)

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou ontem a petroleira BP pela demora na reação ao vazamento recorde no golfo do México, ao mesmo tempo em que disse ser do governo a responsabilidade de proteger as populações afetadas.
As declarações mais duras foram dadas no dia em que a Casa Branca enviou à petroleira uma conta no valor de US$ 69 milhões, para cobrir custos iniciais do desastre.
"Dissemos a eles: vocês vão pagar a conta. Vão coordenar conosco, mas se avaliarmos que precisam fazer algo, vão ter que fazer", disse Obama ontem em entrevista ao jornalista Larry King.
Questionado nos EUA por suposta frieza na abordagem do vazamento, o presidente disse que "está furioso". "A BP sentiu minha raiva. Mas ainda não vi o tipo de reação rápida que gostaria."
Obama reconheceu que a região inteira terá de lidar com as consequências do desastre por anos a fio.
"É claro que eles [a BP] também querem resolver o problema, porque está custando muito dinheiro a eles."
O presidente disse ainda que seria "irresponsável" autorizar novas perfurações em águas profundas antes que uma revisão esclareça o que levou à explosão da plataforma da BP. "Acabamos de ver um desastre ambiental porque as petroleiras disseram ter planos para o pior cenário, e obviamente não era um bom plano", disse.
Técnicos conseguiram ontem cortar a tubulação da válvula de seu poço onde ocorre o vazamento e tentavam selar a estrutura para bombear o óleo vazante até um navio. Se a operação falhar, a BP conta com dois "furos de alívio", poços secundários no leito marinho para tentar interceptar o poço vazante em agosto e selá-lo.


Com agências de notícias


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