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OUTRO LADO
Órgão contesta críticas e se diz sustentável
DE SÃO PAULO
O MSC negou todas as críticas dos pesquisadores e afirmou que não há conflitos de
interesse em seus métodos
de avaliação para o selo.
"Todas as companhias
pesqueiras certificadas pelos
padrões do MSC são sustentáveis e bem administradas.
As empresas não são certificadas antes que possam
comprovar sua sustentabilidade, conforme afirmaram
os autores [do artigo]", disse
a organização em nota.
Criado em 1997 pela ONG
ambientalista WWF e pela
Unilever, uma das principais
vendedoras mundiais de frutos do mar, o MSC teve consultoria de universidades e
grupos de conservação para
estabelecer suas diretrizes.
O órgão se tornou independente em 1999 e, desde
então, cresceu em prestígio
entre os cientistas. As primeiras críticas duras surgiram
após 2004, quando o número
de empresas começou a crescer significativamente.
O MSC se defende afirmando que segue padrões ambientais "avaliados pela FAO
(Organização da ONU para a
Agricultura e Alimentação)".
A entidade diz que, por seguir as regras da FAO, reduziu recentemente os valores
cobrados para avaliar as objeções feitas aos julgamentos, o que favorece a participação de empresas menores
e com menos capital.
Quanto à pesca de krill, o
MSC afirma que as preocupações dos ambientalistas são
completamente infundadas.
"Foi adotada uma abordagem muito cautelosa para
minimizar os danos à população de krill", disse o órgão,
afirmando que, no período
entre 2007 e 2008, apenas
150 mil toneladas do crustáceo -cerca de 4% do total de
pesca admitido- foi realmente tirado do mar.
A entidade adotou a mesma postura em relação às outras espécies que, de acordo
com o artigo, estariam ameaçadas pela pesca.
(GM)
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