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Coordenadora propõe dividir burocracias
DA SUCURSAL DO RIO
A coordenadora da Conep,
Gysélle Tanous, diz que uma
proposta de descentralização do órgão será debatida
em junho e levada ao Conselho Nacional de Saúde para
votação. Órgãos regionais
poderiam avaliar projetos
como forma de agilizar a liberação das pesquisas.
Segundo Tanous, desde a
criação da Conep muitas
pesquisas envolvendo humanos já foram dispensadas de
trâmite em Brasília e entregues aos comitês de ética das
instituições locais. Apenas
10% dos estudos passam pelo
processo duplo de análise.
A delegação de mais projetos à avaliação exclusiva dos
comitês locais, porém, esbarra na qualidade desse órgãos.
"Os CEPs têm de ter posição de defesa do paciente.
Quando eles entendem isso e
fazem seu papel, conseguem
resolver muitas pendências
antes do envio do projeto a
Brasília", afirma José Segalla, médico do Hospital Amaral Carvalho, de Jaú (SP), que
diz já ter conseguido aprovação de testes em 45 dias. Se a
Conep souber quais comitês
funcionam bem, poderia autorizar o início da pesquisa
antes do plenário, sugere.
O coordenador do núcleo
de pesquisa em câncer da
UFRJ, Eduardo Côrtes, defende a profissionalização
das comissões. Conselheiros
que analisam projetos hoje
não são remunerados.
Tanous, porém, defende
que a análise feita por voluntários dá mais liberdade ao
processo. Para ela, o mais importante seria realizar concurso para contratação dos
responsáveis pela checagem
inicial dos projetos. "Não temos funcionários de carreira. Estou sempre tendo que
capacitar uma equipe nova."
Um sistema on line ainda
em desenvolvimento também deverá acelerar o trâmite, diz a coordenadora.
(DM)
Leia na Folha Online:
Teste clínico salvou vida
de paciente
folha.com.br/1012410
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