São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Johannesburgo escapa de uma crise ambiental

DO ENVIADO A JOHANNESBURGO

Se o mundo não ficar mais verde depois da Rio +10, pelo menos a maior cidade da África do Sul deverá deixar de perder ambientalmente com a conferência. É o que acham os organizadores da campanha "Greening the World Summit" (esverdeando a cúpula mundial, em inglês), que lutou para reduzir o impacto da megaconferência sobre a cidade.
A campanha, financiada pelo governo sul-africano e pelo GEF (Fundo Ambiental Global), previa a reciclagem da maior parte do lixo gerado por 64 mil delegados, a economia de água e o uso de transportes coletivos para reduzir emissões de CO2, principal gás causador do efeito estufa.
Também foi instalado na chamada Umbuto Village, o centro de exposições da Rio +10, o Barômetro do Consumo. O instrumento media a pressão ambiental da conferência sobre a cidade.
A campanha de "esverdeamento" também pôs em prática um comércio de carbono. Os delegados em Johannesburgo foram convidados a comprar créditos pelo total de CO2 emitido por ônibus e aviões que os trouxeram à cidade, projetado em 289 mil toneladas.
Por US$ 10, cada delegado pôde comprar uma tonelada de carbono, recebendo em troca um certificado de que o dinheiro seria investido em projetos de eficiência energética e substituição de combustíveis fósseis na África do Sul -país cuja eletricidade é quase toda gerada por termelétricas a carvão.
O encontro terminou com 62 mil toneladas "abatidas". Entre os compradores esteve o presidente Fernando Henrique Cardoso. (CA)


Texto Anterior: Rio +10: Cúpula mundial termina em decepção
Próximo Texto: Antropologia: Cientista redescobre raro bebê neandertal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.