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Gene "magro" pode ajudar a combater obesidade
DA REDAÇÃO
Pesquisadores dos EUA revelaram ontem aquilo que é o sonho de qualquer pessoa em dieta: um gene que previne obesidade em mamíferos mesmo em
tempos de bonança e um outro
que, quando bloqueado, permite comer sem ganhar peso.
Mas atenção antes de se
afundar nas batatas fritas: ambas as descobertas, claro, foram
feitas em roedores.
Os dois estudos foram publicados na edição de setembro da
revista científica "Cell Metabolism". Em um deles, o grupo liderado por Jonathan Graff, do
Southwestern Medical Center,
no Texas, isolou em camundongos um gene "magro" que já
havia sido identificado anteriormente em moscas.
Animais sem uma cópia funcional do gene, batizado Adp, ficam obesos, enquanto animais
nos quais ele é muito ativo ficam magros. Além disso, sua
"dose" (ou seja, o quão intensamente o gene é ligado) também
parece influir no quão magro o
bicho será. "Talvez se você puder afetar esse gene, mesmo
que seja só um pouquinho, você possa ter um efeito benéfico
na gordura", declarou Graff
num comunicado à imprensa.
No outro trabalho, cientistas
liderados por Christopher
Lynch, da Universidade da
Pensilvânia, conseguiu fazer
roedores comerem mais sem
engordar ao ativar o que eles
chamam de "ciclo fútil" de metabolismo nas células.
Eles desligaram nas cobaias a
enzima BCATm, que ajuda a
quebrar determinados aminoácidos. Os animais sem a enzima apresentaram níveis altos
do aminoácido leucina.
A leucina é um sinalizador
importante nas células: ela faz
com que a célula passe a gastar
mais energia, produzindo e
quebrando uma série de proteínas. Os camundongos sem
leucina tinham o popular perfil
"magro de ruim": comiam
mais, mas não engordavam.
Embora diga que no futuro
drogas poderão afetar o gene
da BCATm, Lynch diz que ingerir leucina como suplemento
alimentar não faz efeito algum.
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