São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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GLACIOLOGIA

Camada de gelo antártica cresce de baixo para cima, afirma estudo

Robin Bell/Divulgação
Vista da camada de gelo nas vizinhanças das montanhas Gamburtsev, localizadas em platô do interior da Antártida

DE SÃO PAULO - Nas regiões mais remotas da Antártida, é como se o gelo perpétuo que recobre o continente crescesse de baixo para cima, e não de cima para baixo, revela um estudo na última edição da revista americana "Science".
O estranho fenômeno foi flagrado por Robin Bell e seus colegas da Universidade Columbia (EUA). A intenção dos pesquisadores era entender a dinâmica da grossa camada de gelo que recobre o interior do continente antártico. O lógico era imaginar que a camada fica mais grossa conforme a neve que cai vai se acumulando em cima do gelo mais antigo.
Isso acontece, de fato, mas outro componente importante para o crescimento do manto de gelo é a água que está no fundo dessa capa.
Água em estado líquido? Sim, por incrível que pareça. Mesmo debaixo de muito gelo, antigos leitos de rio continuam funcionando, com água corrente. Mas, dependendo do relevo onde o manto de gelo está, e também de outros fatores, essa água pode acabar congelando, e é dessa forma, em parte, que a espessura da camada congelada aumenta ainda mais, diz a pesquisa.


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