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ASTRONOMIA
Original é tempestade gigante vermelha, "cartão-postal" do planeta
Hubble vê nova mancha em Júpiter
JOHN NOBLE WILFORD
DO "NEW YORK TIMES"
Ao longo dos últimos meses, os
astrônomos têm acompanhado o
surgimento de uma segunda
mancha vermelha em Júpiter, que
já tem um terço do diâmetro da
marca registrada do planeta, a
Grande Mancha Vermelha.
O telescópio Hubble captou a
primeira imagem detalhada do
fenômeno, que alguns observadores já chamam de Grande Mancha
Júnior. Astrônomos no Instituto
Científico do Telescópio Espacial,
nos EUA, disseram que esta é a
primeira vez que cientistas testemunham o nascimento dessas
manchas ovais gigantescas, provavelmente resultantes de uma
tempestade poderosa.
A Grande Mancha Vermelha já
estava presente quando os primeiros telescópios foram apontados para o planeta, há 400 anos.
Embora a Grande Mancha Júnior seja menor, os astrônomos
dizem que ela parecia ser tão brilhante quanto sua companheira
grande nas imagens. Eles sugerem que a nova tempestade possa
estar mais alta na atmosfera do
que a mancha mais antiga.
Observações recentes, incluindo as fotos tiradas pelo Hubble
nos dias 8 e 16 de abril, mostram
que a mancha menor está flutuando para leste no hemisfério
Sul joviano, e que a maior se desloca para oeste. Elas devem se cruzar no começo do mês de julho.
O espetáculo não era totalmente
inesperado. Philip Marcus, pesquisador da Universidade da Califórnia em Berkeley, previu a
ocorrência do fenômeno depois
que três pequenas tempestades
ovais foram vistas se fundindo de
1998 a 2000. As tempestades finalmente ficaram vermelhas -segundo alguns especialistas, devido a gases sugados de zonas mais
profundas da atmosfera.
As fotos do planeta, divulgadas
anteontem, não representam a
cor real de Júpiter; elas foram feitas em luz visível e infravermelho
próximo e sofreram contraste. As
manchas são de fato vermelhas.
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