São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2010

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Protestos e troca de insultos marcam votação do projeto

DE BRASÍLIA

A reunião que aprovou modificações na lei florestal foi dominada pela troca de insultos entre deputados das bancadas ruralista e ambientalista e o confronto de manifestantes dos dois lados.
Três integrantes do Greenpeace que interromperam a discussão foram retiradas à força pelos seguranças da Câmara. Elas seguravam faixas com os dizeres "não vote em quem mata a floresta".
Durante o protesto, um agricultor se colocou na frente delas para mostrar a camiseta em favor do novo Código Florestal: "Sustentabilidade é o nosso negócio".
Alguns deputados tentaram impedir a retirada das integrantes do Greenpeace, entre eles o relator Aldo Rebelo. Sem sucesso, o deputado voltou ao seu lugar. "Isso é a liberdade democrática. Essas meninas estão fazendo isso porque no Parlamento do país que a entidade delas representa talvez não seja possível", disse o deputado, referindo-se à Holanda, que sedia o Greenpeace.
Rebelo atribui as críticas da ONG a interesses externos que, segundo ele, impedem o desenvolvimento do país.
Enquanto a bancada ruralista festejava, de mãos dadas e aos gritos de "Brasil, Brasil", os parlamentares ambientalistas criticavam.
Durante uma entrevista, o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS) e o colega Ivan Valente (PSOL-SP) quase saíram no tapa. "Vamos lá para fora resolver", disse Heinze. Colegas apartaram.
(ND)


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