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Projeto Genoma Humano e Celera
concorrem por DNA de camundongo
NICHOLAS WADE
DO "THE NEW YORK TIMES"
Com o trabalho sobre o genoma
humano praticamente completo,
os Institutos Nacionais de Saúde
(NIH) dos EUA anunciaram que
gastarão US$ 58 milhões para decodificar o genoma do camundongo até fevereiro de 2001.
Parece muito dinheiro para gastar com um roedor, mas os especialistas vêem esse animal como
um guia inestimável para a interpretação do genoma humano,
que está nas mãos deles.
A iniciativa representa a continuação da rusga entre o consórcio
público e sua rival, a Celera Corporation, que anunciaram o genoma humano em junho.
Os membros do consórcio dizem que o genoma e as ferramentas para interpretá-lo são de tamanha importância que deveriam estar disponíveis de graça
para todos os pesquisadores. A
Celera cobra pelos dados.
Para o genoma do camundongo, dois financiadores do projeto
público -os Institutos Nacionais
de Saúde e o Wellcome Trust, de
Londres- fizeram uma parceria
com as companhias farmacêuticas SmithKline Beecham e Merck
e a fabricante de chips de análise
de DNA Affymetrix.
O diretor do instituto que cuida
do genoma nos NIH, Francis Collins, disse ontem que a iniciativa
partiu da SmithKline Beecham.
Craig Venter, presidente da Celera, afirmou que sua companhia
já iniciou o sequenciamento de
três diferentes linhagens de camundongo. Para ele, teria sido
mais produtivo se os NIH sequenciassem uma espécie diferente,
"em vez de duplicar esforços de
novo e gastar dinheiro público".
Ele também disse que o trabalho com o camundongo poderia
fazer o grupo de Collins atrasar a
finalização do genoma humano.
Collins afirmou que completar
o genoma humano é sua maior
prioridade. O novo consórcio, batizado The Mouse Sequencing
Consortium, vai sequenciar uma
linhagem de camundongo diferente das analisadas pela Celera.
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