São Paulo, sábado, 09 de janeiro de 2010

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Parasita cria organismo transexual

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é de hoje que os pesquisadores sabem das misérias que a bactéria Wolbachia realiza no organismo dos insetos. O microrganismo, entre outras coisas, produz machos "transexuais", transformados em fêmeas, porque a criatura só se espalha pelo lado materno.
Por isso mesmo, ela também é capaz de induzir partenogênese -ou seja, o nascimento de prole sem fecundação dos ovos- ou simplesmente a morte dos machos onde vai parar. Algumas espécies tiveram sua vida reprodutiva tão "escravizada" pela Wolbachia que não conseguem mais gerar descendentes sem ela.
O grupo ainda não sabe se carregar a bactéria teria um efeito negativo para o sucesso do A. aegypti na reprodução- o que atrapalharia o plano deles.
"Mostramos em outro trabalho que os mosquitos mais velhos com a Wolbachia têm problemas para achar uma vítima para obtenção de sangue. Mas isso só aumenta o sucesso do programa. Se pensarmos que os vírus precisam de um tempo para se desenvolver nos mosquitos antes da transmissão, cai a chance de eles transmitirem vírus caso consigam burlar a redução da longevidade", diz Luciano Moreira. E ficar sem o vírus talvez seja vantajoso para o mosquito. (RJL)


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