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Cortina reduz o poluente em casa, diz Cetesb
DA REPORTAGEM LOCAL
A gerente da divisão de
qualidade do ar da Cetesb,
Maria Helena Martins, acredita que o nível de ozônio do
lado de fora dos prédios deve
ser maior do que na área interna. Segundo ela, a concentração varia dependendo da
ventilação do apartamento e
se a cortina fica aberta ou fechada, por exemplo.
"O ozônio é muito reativo.
Reage com carpete, com borracha, parede, materiais sintéticos. Sabe quando a borracha de mangueira fica grudenta? Ou quando aquela
roupa azul fica meio roxa?
Pode ser ação do ozônio. O
oxigênio também faz isso",
diz. "Quando o ozônio reage,
acaba sumindo."
Já a pesquisadora da USP
Ana Julia Lichtenfels acredita que o comportamento do
poluente deve ser o mesmo
dentro e fora -mas o LPAE
ainda não coletaou dados específicos para avaliar isso.
Ela conta que esse tipo de
medição já foi realizada em
salas da Faculdade de Medicina da USP, na movimentada av. Dr. Arnaldo, mas para
outro poluente: o material
particulado (sólidos e líquidos pulverizados que ficam
em suspensão no ar).
"Medimos a concentração
dentro e fora da sala e verificamos que a concentração
infelizmente é a mesma. Ou
seja, se você está próximo a
um corredor de tráfego, a
concentração de material
particulado de ambiente interno se mostra semelhante
à do externo", diz a pesquisadora. Ela defende que as medições de interiores sejam
voltadas mais diretamente
ao efeito sobre a saúde.
(AB)
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