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Prêmio foi fruto de acaso, oportunismo e planejamento, afirma geneticista
DA REPORTAGEM LOCAL
O sucesso na ciência é uma
mistura de "acaso", "oportunismo" e "planejamento", afirmou
ontem o geneticista Oliver Smithies em palestra para um público diversivicado de pessoas
no parque do Ibirapuera. Uma
boa parte do auditório foi ocupada por biólogos jovens.
O papel do acaso em sua carreira, disse, foi a invenção acidental da eletroforese em gel,
técnica de separação de moléculas que criou em 1950. A descoberta lhe deu a oportunidade
de investigar diferenças genéticas em proteínas do sangue, o
que mais tarde culminou em
um método para manipular genes e criar animais alterados.
Os chamados camundongos
"knock-out", que têm genes desativados, são usados hoje no
estudo de inúmeras doenças.
Smithies diz que sua vida não
mudou muito após o Nobel e
que vive bem apesar da idade e
do daltonismo -uma doença
genética. Segundo ele, são problemas que não atrapalham seu
hobby favorito: pilotar aviões.
"Um sábado perfeito para mim
é: voar de manhã, almoçar com
minha mulher e trabalhar em
um experimento à tarde", disse
ontem. "Às vezes assisto ao beisebol de noite. Não é uma vida
muito complicada."
Smithies fica no Brasil por
pelo menos mais um dia. Hoje
cedo, o cientista fala no 1º Simpósio Brasileiro de Tecnologia
Transgênica, na Unifesp.
(RG)
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