São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Plano nacional tenta alavancar a inovação

DO ENVIADO ESPECIAL A BELÉM

Um desenho praticamente finalizado do plano para a ciência, tecnologia e inovação -apelidado de "PAC da inovação"- foi apresentado ontem em Belém, na SBPC.
Segundo o secretário-executivo do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), Luiz Antonio Elias, até o fim de 2010 serão investidos cerca de R$ 40 bilhões em ações voltadas para a inovação tecnológica, que é o calcanhar de aquiles da ciência nacional -o país produz pouco conhecimento patenteável.
Segundo Elias, em 2000, o Brasil pediu só 220 patentes nos nos EUA, menos da metade dos pedidos chineses.
"Esses recursos virão de vários ministérios. Além do MCT, haverá dinheiro da saúde, da educação, da agricultura e de outras instituições", afirmou. O plano prevê recursos especiais para cinco áreas estratégicas: espaço, energia nuclear, energias renováveis, grandes regiões nacionais (como Amazônia e semi-árido) e para a cooperação internacional.
Apesar de serem muitas áreas, Elias diz que os recursos não serão pulverizados. "O Brasil é um país muito grande", justificou. E o MCT não vai deixar de bancar a ciência para custear a inovação, disse. "Vamos, até lá [2011], distribuir quase 100 mil bolsas [de pós-graduação] também", afirmou.
O "PAC da inovação" deve ser anunciado nas próximas semanas. A expectativa é que ele seja aprovado na próxima reunião do CCT (Conselho de Ciência e Tecnologia). Marcado para a semana passada, esse encontro foi cancelado pelo presidente Lula e ainda não tem uma nova data para ocorrer. (EG)


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