São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

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Foco

Processador que teria solucionado Sudoku era "golpe", diz pesquisador

DO ENVIADO A FOZ DO IGUAÇU

No início do ano passado, a empresa canadense D-Wave anunciou com pompa o lançamento daquilo que seria o primeiro computador quântico da história. Exibiu um elegante chip metálico, afirmando se tratar de um processador com 16 "qubits", capaz, entre outras coisas, de resolver num passe de mágica um diagrama do passatempo Sudoku.
Logo sugiram suspeitas de fraude, pois a empresa não divulgou detalhes de como o aparelho funciona. Disse apenas que os "qubits" de sua máquina são representados por correntes de elétrons que fluem em sentido contrário ao mesmo tempo.
Poucos físicos dizem crer na alegação da empresa.
Muitos acreditam que o ruído ambiente estrague muito fácil os "qubits" da D-Wave, que só funcionariam se tivessem esquemas de correção incrivelmente bons.
"A comunidade reconheceu que esse não é um computador quântico: isso é um nada", diz o físico Daniel Loss, temendo que a D-Wave afete a reputação de pesquisadores sérios. "A comunidade ficou muito chateada."


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